O bate papo estava marcado para as 14h, mas começou quase às 15h. Mesmo assim, Mojica não perdeu o bom humor. No bar, ao lado do prédio onde mora há 12 anos, o cineasta escolheu uma mesa e se instalou. Pediu um drink, acendeu um cigarro e pôs-se a falar ininterruptamente por quase 3 horas. Sim, aos 74 anos ele ainda tem fôlego!
Cinema, medo, mulheres e futebol. Mojica respondeu às perguntas com aquele seu jeito característico – olhar ao longe e mão coçando a cabeça. Recordou o passado, a época em que tinha um estúdio onde hoje é o metrô Santa Cecília, seus primeiros casamentos, o nascimento dos filhos e, claro, os trabalhos que só conseguiu realizar graças à ajuda de amigos.
Falou sobre os vídeos digitais e contou que se recusa a fazer filmes assim, porque “sem o negativo não dá tesão”. Quando perguntado sobre Zé do Caixão, sua maior criação, não pensou duas vezes. Levantou da cadeira e, no mesmo momento, gritou: “Vocêêê!”.
Confessou acreditar no fim do mundo em 2012 e foi, depois de rogar uma praga e se despedir, até a lotérica do bairro fazer a sua fezinha.
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