Apresentador de "O estranho mundo de Zé do Caixão", no Canal Brasil, José Mojica Marins nunca assistiu a uma novela inteira. Não gosta de reality shows e detesta o horário eleitoral - apesar de ter se candidatado a deputado estadual nos anos 60. O que prende, então, essa soturna figura em frente à TV?
Sou fã de filmes antigos e documentários do History Channel - revela o cineasta, que também gosta de Jô Soares e Serginho Groisman, mas reclama do pouco espaço dado ao terror na TV: Não sei por que não exploram mais o gênero.
O GLOBO: Você é fã de séries como "True blood" e "Supernatural"?
JOSÉ MOJICA MARINS: Eu não assisto a nada disso. Sou contra esse negócio de lobisomem, vampiros. A gente deveria ficar com as nossas crenças: explorar o Boitatá, o Saci Pererê e o Homem da Capa Preta.
Acha que é dado pouco espaço ao terror na TV?
MARINS: Com certeza. Faltam filmes e atrações de mistério, terror, ficção... Não sei por que não exploram mais isso. Há um público grande para esse gênero, especialmente os jovens.
O que prende a sua atenção em frente à TV?
MARINS: Sou fã dos filmes antigos, que passam de madrugada. E não perco os documentários do History Channel. Mas tem que ter um tema esquisito: dinossauros, a vida em outros planetas...
Você fez uma participação na novela "Olho por olho". Acompanha algum folhetim?
MARINS: Eu nuca consegui assistir a uma novela inteira. Fui casado sete vezes e não tinha jeito. Minhas mulheres largavam as novelas no meio para ver filmes comigo. O que mais me marcou foi "O bebê de Rosemary", sempre assisto quando reprisa na TV.
O que mais você gosta de assistir acompanhado?
MARINS: "Programa do Jô" e "Altas horas". Sempre têm novidade e, no intervalo, eu troco uma ideia com minha mulher.
E os reality shows?
MARINS: Chatos e repetitivos. A ficção é muito mais interessante do que a falsa realidade desses programas. Se fôssemos fazer o dia a dia do Brasil de verdade seria outra coisa, não faltariam histórias. Temos a macumba, praias fantásticas e as mulheres mais belas do mundo.
Como ex-candidato, o que acha do horário eleitoral?
MARINS: Andei assistindo, mas não gosto. Em vez de fazerem promessas que não vão cumprir, os candidatos deveriam criar um comercial curto, de mais ou menos dois minutos, com um enredo. Seria mais interessante.
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