Quando figurou no cinema pornô não foi diferente. Os primeiros dois filmes do gênero em que participou da direção, A Quinta Dimensão do Sexo (1983) e O Filho do Sexo Explícito (1984), tiveram lá suas peculiaridades, mas nada tão assombroso. Foi no terceiro longa que ele passou para o lado negro da força.
Bem vindo ao Zôo
O amigo Mario Lima novamente convida Mojica para dirigir uma nova empreitada: 24 Horas de Sexo Explícito. A história, se é que existe, perpassa por três atores pornôs que resolvem fazer uma maratona com 24 horas de sexo. Para não ficar na mesmice, Mojica convenceu o parceiro a utilizarem um cachorro nas filmagens. O argumento era que as atrizes do longa eram tão feias, que seria necessário chamar outro elemento para dar cara ao filme. E foi isso que aconteceu. O que Mojica vislumbrava não era novidade no Brasil, vez que Jean Garret já havia feito, em 1977, um filme onde um cavalo lambia os seios da atriz Helena Ramos. Mas isso foi fichinha se comparado à proposta de 24 Horas.
Recrutando bons atores
Jack era um pastor alemão famoso entre as cadelas locais por sua virilidade. Os dois diretores de 24 Horas não pestanejaram em trazê-lo para a equipe. O argumento inicial era que o cão desse apenas algumas lambidelas na atriz Vânia Bournier. Contudo, durante as filmagens, o Rocco do mundo animal se empolgou tanto que Mojica acabou convencendo a parceira do cão a simular uma cena de penetração. Jack não titubeou e mandou ver.
O mais triste foi o fim de Jack. O cão apareceu morto por envenenamento poucas semanas depois. Há uma anedota de que o crime fora cometido pelo dono de Jack — que o matou após vê-lo uivando e atacando por trás sua própria esposa. Mojica perdeu seu melhor ator, mas continuou atuante no pornô, contratando outros animais. Mas essa parte fica para o final da saga pornográfica, no próximo post.
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