“Que a alma do maldito sob a cruz siga o rumo da peste e da agonia. Que teu espírito se cubra de dor, desgraça, vergonha, pústulas e tumores. Maldito no campo e na cidade. Maldito ao entrares e maldito ao saíres. Tua linhagem, se existir, que seja perseguida, fraca e desaventurada. Para teu cadáver, a terra será de ferro; e tua carne, amarga até para os vermes. Tua sombra profana errará eternamente sobre a Terra, ao lado dos desenganados...”
Praga rogada à Zé do Caixão, no filme Encarnação do Demônio.
São muitas as superstições presentes na vida das pessoas. Há quem acredite, por exemplo, na magia das palavras e dos pensamentos – que ao entoar orações ou mantras, confere-se energia a eles. Por outro lado, há também quem julgue que se estes estiverem carregados de sentimentos negativos, terão força suficiente para interferir na vida alheia.
Tradicionalmente chamadas de pragas, as “ameaças” verbais são, para os mais convictos, poderosas a ponto de amaldiçoar pra valer aqueles a quem são direcionadas. Elas são o contrário da bênção e costumam ser descarregadas em momentos de conflito.
Sabendo disso, Zé do Caixão, a maior referência do terror brasileiro, fez delas sua marca registrada. Em seus filmes as pragas estão sempre presentes, afrontando e aterrorizando os que têm fé. Mas, atire a primeira pedra quem nunca, num ímpeto de fúria ou raiva incontrolável, arrebatou coisas ruins para algum desafeto. Pois é, ninguém está livre de rogar ou de receber um maldizer.
No mais, acreditando ou não no “poder” sobrenatural de certas intenções, é sempre legal ouvir o temido homem de unhas enormes, capa preta e cartola esbravejar aos quatro ventos: Você! Você! E todos vocês...
Ótimo. Só tive problemas para abrir o vídeo. Mas pode ser meu computador.
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