Aos 74 anos, José Mojica Marins continua em plena atividade. Depois de ter concluído a trilogia de Zé do Caixão, um sonho que já perdurava há décadas, o diretor se vê agora diante de um novo projeto. A inspiração veio da cidade de Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, onde uma famosa lenda do começo do século XX amedronta até hoje os moradores da região.
A história conhecida por “Corpo Seco” fala de um homem de má índole, dono de um casarão no centro da cidade (que ainda existe), e que tinha por hábito maltratar sua mãe. Num certo dia, ele ficou doente e, sozinho em um dos cômodos da grande casa, foi definhando até morrer. Rejeitado por Deus e pelo Diabo, depois de enterrado também foi repudiado pela terra. Segundo a lenda, quem acompanhava o funeral pôde ver o corpo emergir da terra e ficar exposto sobre a cova.
Na cidade não há quem nunca tenha ouvido falar no ‘causo’. Muitos moradores, inclusive, o consideram verídico. Acreditam que o corpo apodrecido do morto nunca se decompôs e que ele continua a assombrar a área, chegando a ser avistado algumas vezes.
No longa, Mojica fará mais uma vez o papel do coveiro Zé do Caixão, que terá como missão enfrentar a assombração. "[...] Um ser do mal, que irá se transformar em um estuprador e fará várias vítimas, mas que será derrotado pelo Zé do Caixão", disse o cineasta em entrevista à revista Rolling Stone.
Segundo o diretor, o filme terá custo de R$ 2,5 milhões (um pouco mais do que Encarnação do Demônio, de 2008, custou para ser produzido). O roteiro já está escrito e se baseia no livro infanto-juvenil A lenda do Corpo Seco, da escritora Mariângela Padilha. As filmagens deverão começar em setembro de 2010 e as locações serão na cidade em que a história teria acontecido.
Bom texto.
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