A referência que muitos têm de José Mojica Marins é única e exclusivamente Zé do Caixão. De fato o diretor não consegue mais se desvencilhar do coveiro tirano que satiriza a tudo e a todos em seus filmes.
Consta na biografia de Marins que ele até tentou, à época que rodava o primeiro filme do personagem, À Meia-Noite Levarei Sua Alma, arrumar um ator para fazer tal figura. Mas foi
Tanto que são poucas as vezes em que vemos o pai (Marins) desassociado do filho (Zé do Caixão). Nos programas de TV, nas fotografias e afins, Mojica ostenta a capa e a cartola que tanto marcaram o personagem mundo a fora.
O próprio diretor parece não conseguir mais se separar de seu principal protagonista. No livro Maldito, os jornalistas André Barcinski e Ivan Finotti afirmam que Mojica, nos idos tempos de 1987, numa fase drástica de sua vida, chegou a incorporar Zé do Caixão em casa, tornando-se violento e ameaçando as próprias filhas. A então esposa, Nilce, trancava as meninas no quarto e pedia, de joelhos, para que o marido parasse de proferir sandices do tipo quero beber teu sangue, quero ver teus miolos espalhados pelo chão.
Fato ou não, Mojica hoje figura, aparentemente, no lado do bem. Mas ainda não consegue se separar de Zé do Caixão. Do cômico ao trágico, o personagem é o recorte único que muitos fazem do diretor. Prova disso é o vídeo do programa Hermes & Renato, veiculado na MTV Brasil, no qual os atores encenam com comicidade “Um dia na vida de José Canjica Martins”.
ORGULHO
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