quarta-feira, 5 de maio de 2010

Praga a granel

Quem encontra José Mojica Marins por aí, calvo, óculos de grau, calça que figura acima do umbigo, camisa social, não imagina estar diante de um dos cineastas mais prolíferos do cinema brasileiro. Como muitos do cenário “artístico”, Mojica, hoje, está mais ameno, comportado.

Teve vários filhos, casou-se pela milionésima vez, é dono de uma filmografia invejável — ainda que não tenha concluído muitos de seus projetos iniciados — e agora está, se é que podemos assim intitular, vivendo de forma minimamente estável.

Hoje Marins apresenta um programa de TV, no Canal Brasil, que leva o nome de O Estranho Mundo de Zé do Caixão, toca alguns projetos para novos filmes, vez ou outra ataca de crítico de cinema e dá aulas de interpretação em sua escola de atores, no centro de São Paulo. Sua vida parece menos agitada.

O que o pai do personagem Zé do Caixão não abriu mão, nem aos 74 anos, é de esbravejar pragas por aí. Em palestras, entrevistas e, notadamente, em seu programa de TV, Mojica continua amaldiçoando Deus, o diabo e quem estiver próximo de um ou de outro. O único problema é que ele já murmurou tanto, já amaldiçoou inúmeras almas mundo a fora que, nessa altura da coisa, não consegue mais distinguir se está rogando praga ou fazendo piada. Confira a atuação quase medonha no vídeo.

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