Quando José completava 2 anos, os donos da fazenda, a família Caruso, decidem vender a propriedade.
Antônio ficou muito preocupado, pois como haveria de conseguir recursos para sustentar uma família, sem moradia e emprego.
O restante da família do casal também ficou apreensiva com a situação, porém, logo conseguiram outro lugar para ficar. Foram para casa de parentes que moravam na cidade de São Paulo. Já Carmem e Antônio, ficaram com uma mão na frente e outra atrás.
A família Caruso, muito solidária a eles, tentaram de várias formas ajudá-los. Certo dia, João Caruso, o dono e muito amigo de Antônio, dá a boa notícia de que ele poderia assumir o cargo de gerente de um cinema em Vila Anastácio, na Lapa.
Antônio ficou preocupado com o convite, pois nunca tinha cuidado antes de um cinema. Mas a sua situação não era tão boa para recusar uma proposta como essa. Além de que, ele, a esposa e o filho, poderiam morar em dois quartos nos fundos do cinema.
Em maio de 1938, fizeram as malas e carregaram José para o Cine Santo Estevão, localizado na rua Martinho de Campos, 386, Vila Anastácio, no distrito da Lapa.
A mudança da Vila Mariana para a Vila Anastácio para os Marins foi um choque. Não haveria mais as belas noitadas musicais na varanda ou o doce banquete de frutas dos pomares.
O bairro da Vila Anastácio era um verdadeiro proletário com pessoas pobres. As casas eram intercaladas por armazéns e depósitos. Os mais necessitados moravam em cortiços. As ruas eram de terras, não havia asfalto ou iluminação pública. Lá era uma verdadeira mistura de raças. Muitas pessoas, diversos idiomas. Não demorou muito para o pequeno José aprender alguns palavrões em línguas diferentes. Uma realidade totalmente diferente da vivida pelo casal há alguns anos no casarão da Vila Mariana.
O cinema era simplório. Tinha apenas um andar, o chão era de taco e havia um pouco mais de seiscentas cadeiras, todas de madeiras.
O cinema atendia basicamente a população do bairro. As sessões aconteciam as terças e quintas sempre às 19h30. Somente aos finais de semana que havia filmes exibidos durante o dia. Um ingresso dava direito a uma sessão dupla.
Não passou muito tempo para Antônio descobrir que administrar um cinema não era assim tão fácil, como imaginou ao receber o convite do amigo Caruso.
As tarefas demandavam as pinturas dos letreiros, limpar as salas, administrar a bomboniere e ainda ter que buscar os filmes nas distribuidoras do centro da cidade.
Por conta do cinema, não demorou muito para que a família Marins ficasse conhecida no bairro. Logo estariam frequentando os bailes de festas espanholas, as preferidas de Carmem, e também não deixavam de participar das missas aos domingos.
Aos sábados de manhã, Antônio gostava de levar José para assistir ao futebol de várzea, praticado as margens do rio Tietê. José vibrava ao ver o Corinthians jogar, seu time preferido.
Antônio ficou muito preocupado, pois como haveria de conseguir recursos para sustentar uma família, sem moradia e emprego.
O restante da família do casal também ficou apreensiva com a situação, porém, logo conseguiram outro lugar para ficar. Foram para casa de parentes que moravam na cidade de São Paulo. Já Carmem e Antônio, ficaram com uma mão na frente e outra atrás.
A família Caruso, muito solidária a eles, tentaram de várias formas ajudá-los. Certo dia, João Caruso, o dono e muito amigo de Antônio, dá a boa notícia de que ele poderia assumir o cargo de gerente de um cinema em Vila Anastácio, na Lapa.
Antônio ficou preocupado com o convite, pois nunca tinha cuidado antes de um cinema. Mas a sua situação não era tão boa para recusar uma proposta como essa. Além de que, ele, a esposa e o filho, poderiam morar em dois quartos nos fundos do cinema.
Em maio de 1938, fizeram as malas e carregaram José para o Cine Santo Estevão, localizado na rua Martinho de Campos, 386, Vila Anastácio, no distrito da Lapa.
A mudança da Vila Mariana para a Vila Anastácio para os Marins foi um choque. Não haveria mais as belas noitadas musicais na varanda ou o doce banquete de frutas dos pomares.
O bairro da Vila Anastácio era um verdadeiro proletário com pessoas pobres. As casas eram intercaladas por armazéns e depósitos. Os mais necessitados moravam em cortiços. As ruas eram de terras, não havia asfalto ou iluminação pública. Lá era uma verdadeira mistura de raças. Muitas pessoas, diversos idiomas. Não demorou muito para o pequeno José aprender alguns palavrões em línguas diferentes. Uma realidade totalmente diferente da vivida pelo casal há alguns anos no casarão da Vila Mariana.
O cinema era simplório. Tinha apenas um andar, o chão era de taco e havia um pouco mais de seiscentas cadeiras, todas de madeiras.
O cinema atendia basicamente a população do bairro. As sessões aconteciam as terças e quintas sempre às 19h30. Somente aos finais de semana que havia filmes exibidos durante o dia. Um ingresso dava direito a uma sessão dupla.
Não passou muito tempo para Antônio descobrir que administrar um cinema não era assim tão fácil, como imaginou ao receber o convite do amigo Caruso.
As tarefas demandavam as pinturas dos letreiros, limpar as salas, administrar a bomboniere e ainda ter que buscar os filmes nas distribuidoras do centro da cidade.
Por conta do cinema, não demorou muito para que a família Marins ficasse conhecida no bairro. Logo estariam frequentando os bailes de festas espanholas, as preferidas de Carmem, e também não deixavam de participar das missas aos domingos.
Aos sábados de manhã, Antônio gostava de levar José para assistir ao futebol de várzea, praticado as margens do rio Tietê. José vibrava ao ver o Corinthians jogar, seu time preferido.
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